Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como colocar o DIU pelo SUS ou se o dispositivo intrauterino é fornecido de graça na rede pública de saúde. Caso essas também sejam preocupações suas, confira todas as explicações sobre o dispositivo neste post.
Os métodos contraceptivos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são muitos, entre eles estão os preservativos, diferentes tipos de anticoncepcionais, diafragma, anticoncepção de emergência e o dispositivo intrauterino de cobre (DIU).
A colocação do DIU pelo SUS é um tema muito buscado pela população pois se trata de um método contraceptivo extremamente eficaz e com longa duração (até 10 anos). Acompanhe nos próximos tópicos todas as informações úteis sobre o procedimento.
Entenda o que é o dispositivo intrauterino de cobre (DIU) e como funciona
O nome pode até parecer difícil, mas o dispositivo intrauterino de cobre (DIU) é um dos métodos contraceptivos, isto é, que evita uma gravidez indesejada, mais eficaz que existe atualmente, com até 99% de chance de não ocorrer uma gestação.
Para que você compreenda melhor: o DIU é um pequeno dispositivo em formato de “T”, que é colocado pelo médico no interior da cavidade uterina. O material com que ele é feito é o cobre, que atua como um espermicida e tem como objetivo impedir a fecundação do óvulo.
A colocação do DIU pelo SUS normalmente é indicada para mulheres que não querem ou não podem fazer uso de métodos contraceptivos hormonais. Porém, essa também pode ser uma escolha da própria paciente, desde que o especialista indique tal dispositivo.
Conheça os primeiros passos para colocar o DIU pelo SUS
Felizmente, qualquer mulher pode colocar o DIU pelo SUS quando houver recomendação médica. O procedimento de inserção do dispositivo é oferecido tanto em hospitais públicos, como em Unidades Básicas de Saúde (UBS), totalmente de graça.
O primeiro passo para quem deseja colocar o DIU pelo SUS é procurar um hospital ou uma UBS próxima da sua casa e verificar se há disponibilidade da colocação do dispositivo nessa unidade. Feito isso, marque uma consulta com o ginecologista.
É importante ressaltar que o especialista poderá recomendar ao paciente que participe de um grupo de planejamento familiar, onde serão apresentados outros métodos contraceptivos, mas que não é obrigatório. Além disso, também podem ser solicitados exames preventivos.
Saiba o que acontece depois da primeira consulta médica com o ginecologista
Assim que a paciente marcar a primeira consulta com o ginecologista e conversar com o médico sobre a possibilidade da colocação do DIU pelo SUS, o mesmo deverá orientar sobre a eficácia do dispositivo e, em alguns casos, solicitar exames, como:
- Papanicolau: exame preventivo que consegue identificar lesões ou alterações no colo do útero, além de detectar a presença do vírus do HPV e outras infecções sexualmente transmissíveis;
- Ultrassonografia pélvica: exame que avalia a estrutura pélvica da mulher, o que possibilita a visualização do canal vaginal, colo uterino, as dimensões do útero, canal vaginal, tubas uterinas e ovários.
Não há um exame específico que seja necessário para a colocação do DIU pelo SUS, no entanto, muitos médicos recomendam que antes da inserção do dispositivo sejam feitos exames preventivos para descartar qualquer possibilidade de infecções ou anomalias.
Após o retorno da paciente com os resultados do exames, a data da colocação do DIU já poderá ser marcada. O procedimento pode ser feito com ou sem sedação, além de que o dispositivo pode ser, inclusive, colocado até 48 horas após o parto.
Podem ocorrer problemas depois da colocação do DIU pelo SUS?
Assim como qualquer outro tipo de dispositivo intrauterino, o corpo feminino pode não se adaptar com o DIU de cobre, o que acaba provocando o aumento das cólicas menstruais e outros sintomas como odor vaginal, corrimento e até mesmo febre.
Além disso, o dispositivo intrauterino de cobre pode acabar aumentando o fluxo menstrual da mulher nos primeiros meses. Por esses motivos, após a colocação do DIU pelo SUS, a paciente deverá marcar uma consulta de retorno, para avaliar se o corpo não está rejeitando o dispositivo.
Caso isso esteja ocorrendo, o médico deverá fazer a retirada do DIU e trocar o método contraceptivo da mulher. Mas não se preocupe, a taxa de rejeição do dispositivo intrauterino de cobre é muito baixa, e mesmo que isso aconteça, a retirada é simples.
Veja quais são os outros tipos de dispositivos intrauterinos (DIU)
Basicamente existem três tipos de dispositivos intrauterinos, que são o DIU de cobre, DIU de prata e DIU hormonal (ou Mirena). Cada um deles possui um prazo de validade (duração de 3, 5 ou 10 anos) e atua no corpo feminino de modo diferente.
Os dispositivos intrauterinos de cobre e de prata não possuem hormônios e funcionam de maneira similar, no entanto, o DIU de prata faz a liberação do material (a prata) no útero, que consequentemente diminui o risco da oxidação do cobre, aumentando a sua eficácia.
Por fim, o DIU hormonal ou Mirena, é liberado para quem pode e quer fazer uso de hormônios. Essa opção possui algumas vantagens, como a diminuição do fluxo menstrual, redução das cólicas e pode ser usado por pacientes que tratam da endometriose ou miomas.